(1) Ganoub (10) Leli (6,26) “..en arabe veut dire sud”
(2) Tinariwen (3) Chatma (5,36) “Amassakoul”
(3) Tartit (2) Ansari (5,23) “Abacabok”
(Separador)
Akim nasceu no Orão, a capital do raï, de uma família proveniente do Tlemcen, um povoado onde o arabo-andaluz constitui o património cultural popular. Durante 16 anos, Akim frequenta a escola do famoso Nassim El Andalous, onde absorve a herança arabo-andalusa clássica, integrando, paralelamente, a orquestra do colégio Montesquieu. A ideia de modernizar a música arabo-andalusa para a tornar tão popular como o raï, leva Akim a fundar o grupo El Meya, que se torna conhecido por acrescentar a guitarra flamenca e o piano aos instrumentos tradicionais árabes e por transformar as noubas em canções. É, no entanto, a experiência do exílio que vai dar sentido à música de Akim. Em Marselha, começa por adoptar o apelido El Sikameya (cruzamento de sika e de meya, duas das noubas mais alegres da música árabo-andalusa) e editar em 1999 o álbum “Atifa-Oumi”, Nos últimos três anos, rodeia-se de vinte músicos argelinos, ingleses e franceses e edita “Aïni Amel”, um álbum onde Akim aboliu o tempo e as fronteiras da sua vida. Considera-o o seu jardim, a sua viagem interior, os seus olhos (Aïni) e a sua alma (amel); entre tradição e modernidade, Orão e Paris, alegria e nostalgia, é um jardim sem barreiras, situado no cruzamento de todas as fronteiras. Encarna os melhores aspectos da nossa época, feita de reencontros e mestiçagens, enquadrando elementos do universo árabo-latino, do Oriente místico, do flamenco, das cadências afro-hispânicas, das baladas serenas, das cores célticas, ciganas e brasileiras…

(15) 3,43
(5) 3,26
(12) 4,32
(6) 4,46
(8) 1,46
(Separador)
“Uma canção sobre os problemas causados pelo ciúme, um tema sobre as preocupações sociais e um encontro feliz entre a guitarra e a Kora. A música do Mali no encerramento da 1ª parte do Templo das Heresias”.
(1) Boubacar Traoré (1) (4,07) “Kongo Magni”
(2) Lobi Traore (13) (8,43) “Mali Blue”
(3) Ali Farka Toure & Toumani Diabate (7) (4,34) ”In the Heart of the Moon”
2ª Hora
“Um tema arabo-andaluz da Espanha Medieval, um canto trovadoresco do séc. XIII, um texto bíblico e uma cantiga de amigo de Martim Codax.”
(1) Calamus (6) Quddâm (8,06) “The Splendour of Al-Andalus”
(2) Eduardo Paniagua/ …(5) Tres enemics … (5,00) “Luz de la Mediterranea”
(3) Catherine Braslavsky (5) Beati (3,56) “Un jour d’entre les jours…”
(4) The Dufay Collective (1/) Quantas Saberes amar (5,49) “Music for Alfonso the Wise”
(Separador)
Tendo desenvolvido uma longa carreira de compositora e intérprete na área da música pop e experimental, Anabela Duarte manteve simultaneamente a sua ligação ao canto clássico e ao teatro musical. Aliando intuição e conhecimento, seriedade e desenvoltura, a sua capacidade como cantora que domina múltiplos géneros foi sempre reconhecida, o que a coloca num lugar muito especial da nossa história do canto.
A prova disso encontra-se no seu novo registo discográfico “Machine Lyrique” (2005 Dargil), onde o jazz, a pop e o cabaret mais requintado se unem para produzir diferentes e divertidas interpretações de clássicos de Boris Vian e Kurt Weill.
Boris Vian (1920-1959), Baron Visi e Vernon Sullivan são três nomes para o mesmo homem multifacetado e cuja vida correu em linhas tão imprevisíveis (para não dizer desorganizadas) que, em várias alturas, trabalhou em profissões tão diferentes como engenheiro, tradutor, trompetista de jazz, cantor, romancista e colunista. Embora melhor conhecido pelo seu brilhante romance L’Écume des jours, a produção de Vian também inclui thrillers escritos sob o nome de Vernon Sulivan, peças de teatro, contos e canções.
Como Vian, Kurt Weill (1900-1950) era um artista sem medo de cruzar fronteiras, se bem que nunca as tenha abolido de modo tão radical. Afirmou-se como compositor com a ópera O Protagonista, estreada em 1926, mas já era notória a sua intenção de trabalhar no teatro musical. Um objectivo que atingiu o seu apogeu através da sua colaboração com Bertolt Brecht. Após fugir da Alemanha Nazi em 1933, continuou a sua obra em Paris, e mais tarde nos EUA, onde ficou até à sua morte. E é através das obras de colaboração com Brecht – tais como A Ópera dos Três Vinténs (1928), A Ascensão e Queda da Cidade de Mahagonny (1930) e Os Sete Pecados Mortais (1933) – que continua a ser mais conhecido.
Graças à sua interpretação de Boris Vian e Kurt Weill, Anabela Duarte fez de “Machine Lyrique” uma obra de referência da sua carreira.

(2) 4,01
(3) 2,25
(10) 2,01
(12) 3,25
(13) 4,21
(Separador)
“Uma canção à Virgem Maria de Gautier de Coinci, uma cantiga trovadoresca de Lorraine, uma cantiga de amigo e uma cantiga de amor. Composições do séc. XIII no encerramento do Templo das Heresias.”
(1) Ensemble Alegria (França) (2) Quand voi… (5,54) “Gautier de Coinci: Les miracles de Nostre-Dame”.
(2) Ensemble Syntagma (Rússia/…) (10) Toz esforciez …(6,33) “Touz Esforciez: Trouvères en Lorraine”.
(3) Jordi Savall/... (Espanha) (1) Quantas Sabedes amar (0,3-4,34) “Du Temps et de l’instant”.
(4) Paulina Ceremuzynska (Polónia) (2) O que vos nunca cuidei a dizer (5,30) “Cantigas de amor e de amigo”.