2011/01/23

Warsaw Village Band (Polónia) / Yasmin Levy (Israel)

“Um hino cigano à Primavera entoado por uma intérprete turca, uma composição sobre a felicidade dos ciganos macedónios, uma canção folk sobre o destino e a errância dos ciganos búlgaros e um canto sobre a liberdade dos ciganos romenos. São os sons que abrem hoje as portas do Templo das Heresias”.

(1) Sezen Aksu (Turquia) (4) Hidrellez (3:51) “The Wedding and the Funeral”
(2) Esma Redzepova & Ensemble Theodosievsky (Macedónia) (4) Szelem Szelem (4:47) “Road of the Gypsies”
(3) Angelite (Bulgária) (1) Sadba (2:52) “Balkan Passions”
(4) Romica Puceanu & Orchestra Florea Cioaca (Roménia) (6) Erau Zarzarii-Nfloriti (5:33) “Cine nu stie ce-i doru”

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O grupo polaco Warsaw Village Band, constituído em 1997 por seis jovens músicos que descobriram a magia dos antigos instrumentos e dos antigos estilos vocais, produz um tipo de música a que chamam "hardcore folk", uma espécie de bio-techno no estilo "Voz Branca", um canto em forma de grito, usado no passado pelos pastores polacos. Instrumentos de cordas a soar como trombetas francesas, tambores furiosos, trance, improvisação e elementos da música das raízes são utilizados com entusiasmo e paixão pelos músicos que adoram viajar pela Polónia e pelo mundo para transmitir à sua própria geração os estilos musicais dos antigos. De entre os instrumentos tradicionais que utilizam, saliente-se a quase extinta "Suka", um tipo único de rabeca polaca do séc. XVI, tocada com as unhas. De realçar, ainda, na Warsaw Village Band, a criação de ritmos a partir de dois tambores, o que é muito pouco comum em qualquer tipo de música folk.
Para além da remix “Upmixing” (Jaro 2008) e do disco ao vivo “Live” (Jaro 2010), a Warsaw Village Band editou, até à data, quatro registos em estúdio: "Hopsasa Classic Polo", (Kamahuk 1998 / Jaro 2005), considerado o álbum folk do ano pelos ouvintes da Radio 3 Polaca e pela Revista Brum; "People's Spring" (Jaro 2001), um álbum extraordinário, vencedor do "BBC World Music Award"; "Uprooting” (2004 Jaro), o melhor álbum folk polaco do ano; e “Infinity” (Jaro 2008), em que o grupo, pela primeira vez, apresenta composições não tradicionais.
Mais informações: http://www.warsawvillageband.net/


(13) Lament (2:30) "Uprooting”
(01) Przyjdz Jasienku (1:24) "Hopsasa Classic Polo"
(02) 1.5 h (6:21) “Infinity”
(03) At my mother’s (4:16) "People's Spring"
(13) Maydów (4:42) "People's Spring"


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“Uma composição onde se exaltam as potencialidades do tambur; uma interpretação do “grande canto” do Uzbequistão, conhecido por katta ashulla; e um tema de mugham, a forma musical vocal e instrumental do Azerbaijão. São os sons que encerram a 1ª parte do Templo das Heresias.”

(1) Hector Zazou & Swara (Argélia /…) (1) Zannat (4:49) “In the House of Mirrors”
(2) Munadjat Yulchieva & Ensemble Shavkat Mirzaev (Uzbequistão) (9) Ey, Dilbary Djononim (6:24) “A Haunting Voice”
(3) Alim Qasimov Ensemble (Azerbaijão) (3) Getme Getme/Aman Avdji (10:00) “The Legendary Art of Mugham”


2ª Hora

“Uma lírica da Galiza do século XIII, uma vocalização harmónica baseada nos ancestrais cantos bifónicos mongóis e um tema árabo-andaluz da Granada do século XV. Antigas composições com novas roupagens na abertura da segunda parte do Templo das Heresias”.

(1) Stellamara (EUA) (3) Zephyrus (4:36) “Star of the Sea”
(2) David Hykes (EUA) (2) True to the Times (8:06) “True to the Times”
(3) Vox (Bulgária/...) (5) While the Birds Sing (7:19) “From Spain to Spain”

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A israelita Yasmin Levy, “uma das melhores cantoras do Médio Oriente”, segundo o The Guardian, depois de ter estado em Julho de 2010 em Sines, regressa a Portugal, nos próximos dias 26 e 29 de Janeiro, para actuar na Casa da Música (Porto) e no Grande Auditório da Gulbenkian (Lisboa).
Nascida em Jerusalém (1975), filha de um profundo conhecedor do repertório da tradição ladina, Yasmin dá nova vida a letras muito antigas, provenientes dos bairros judeus habitados pelos descendentes dos exilados de Portugal e Espanha no século XVI. Cantando em ladino, espanhol, hebraico, árabe e turco, Yasmin utiliza a música dos judeus sefarditas da Península Ibérica como base das suas canções e mistura-a com o flamenco (que viria a estudar em Sevilha, onde residiu durante algum tempo). Com a sua voz profunda e espiritual, Yasmin Levy entrelaça a pureza e o romantismo da música ladina com a paixão e a sensualidade do flamenco e serve-se, ainda, das influências do Oriente e dos Balcãs. Revela, assim, um singularíssimo estilo emotivo e nostálgico que veio a merecer a aclamação da crítica internacional, com duas nomeações para os prémios da BBC Radio 3.
Até à data, Yasmin Levy editou quatro registos: “Romance & Yasmin” (2004), “La Judería” (2005), “Mano Suave” (2007) e “Sentir” (2009).
Mais informações: http://www.yasminlevy.net/


(06) Una Pastora (2:01) “Sentir”
(06) Keter (5:38) “La Judería”
(02) Mano Suave (5:26) “Mano Suave”
(07) Una ora en la ventana (4:52) “Romance & Yasmin”
(09) Me estas mirando (3:36) “Romance & Yasmin”

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“Versões modernistas de composições do Llibre Vermell de Montserrat do séc. XIV; de um manuscrito da Abadia de St. Martial de Limoges, referência na Aquitânia durante o século XII; da mística abadessa beneditina alemã do séc. XII Hildegard von Bingen e de uma cerimónia religiosa húngara. São os sons que encerram o Templo das Heresias”.

(4) Hughes de Courson (França) (1) Stella Splendens (4:45) “Lux Obscura: a medieval electronic project”
(5) Pilgrimage (Inglaterra) (1) Campus Stella (5:10) “9 Songs of Ekstasy”
(6) Garmarna (Suécia) (6) O vis aeternitates (3:40) “Hildegard von Bingen”
(7) Lászlo Hortobágyi (Hungria) (4) Rex Virginum (6:00) “The Arcadian Collection”