“Surgido em Kingston, nos finais dos anos 60 para designar um estilo de música específico, o Reggae rapidamente se generalizou para designar as sucessivas correntes da música jamaicana. Três décadas depois, as ondas frescas da Jamaica continuam a revelar-se imprescindíveis no panorama musical do planeta. São os sons que abrem hoje as portas do Templo das Heresias”.
(1) Augustus Pablo (9) East of the river Nile (2,44) "East of the river Nile”
(2) The Paragons (2) Only a smile (2,55) “Duke Reid: Ba Ba Boom”
(3) Don Drummond and Roland Alphonso II (16) Roll on...(3,28) “Respect to Studio One”
(4) The Soul Vendors (4) Ringo Rock (3,07) “Studio One Scorcher”
(5) Skatalites (4) Ska Fort Rock (4,09) ”From Paris with Love”
(T.T.16,23)
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Os Tinariwen são um grupo de Tuaregues, berberes nómadas do Sahara, mais propriamente da fronteira entre o Mali, o Níger e a Líbia. Provenientes da região de Kidal, a leste do Mali, os Tinariwen, liderados pelo músico Ibrahim Ag Alhabib, constituíram-se em 1979 num campo de treino militar, entre as populações refugiadas. As suas primeiras composições funcionaram como propaganda política dos rebeldes, e só em 2001 os Tinariwen ganharam identidade artística com a edição de “The Radio Tisdas Sessions”. Em 2004 os Tinariwen surpreenderam o mundo com a edição de Amassakoul (Emma Produtions/ Triban Union), um registo que mistura com sabedoria as sonoridades tradicionais tuaregues, mandingas, gnawas e árabes com os legados de gente como Chuck Berry, John Lee Hooker, Jimi Hendrix e Mick Jones. A música norte africana das regiões próximas do Sahara surge-nos injectada com blues, psicadelismo e acidrock em doses suficientes para que as guitarras e as fabulosas vozes masculinas e femininas que cantam manifestos políticos pareçam saídas de um outro planeta.
Depois de uma breve passagem por Portugal (Porto, Lisboa e Torres Novas) em Maio, eis que finalmente “The Radio Tisdas Sessions” e “Amassakoul” são alvo de distribuição nacional, razão mais do que suficiente para voltarmos a destacar a sensação do momento nas esferas da World Music.
Amassakoul (2) 3,50 / (3) 5,36 / (1) 3,22
The Radio Tisdas Sessions (8) 5,45
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“Um poema de amor divino do mestre persa Rumi com novas roupagens, uma canção tradicional da Lapónia no contexto da música de dança e uma fusão do tango argentino com a electrónica. São os sons que encerram da 1ª parte do Templo das Heresias”
(1) Sussan Deyhim (7) Gereyley (6,46) “Shy Angels”
(2) Mari Boine (4) Álddagasat ( ) (5,41) “Remixed: Odda Hamis”
(3) Gotan Project (1) Amor Porteño (5,00) ”Lunático”
2ª Hora
“Um tema do livro vermelho de Montserrat, da Catalunha (séc.XIV), um texto da abadessa Hildegard Von Bingen (séc. XII) e um cantiga de Walter von Vogelweider entoado pelas Cruzadas (séc. XIII)”.
(1) Ars Antiqua (9) 8,25 “Llibre Vermell de Montserrat”
(2) Ensemble für frühe musik Augsburg (10) 4,24 “The Ancient Mïracles”
(3) Estampie (11) 4,41 “Crusaders: In nomine domini”
(T.T.17,30)
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Sob a direcção de Vincent Dumestre, o grupo Le Poème Harmonique, exímio intérprete do repertório do maneirismo e do primeiro barroco, tem demonstrado uma finura e sensibilidade musical que, com toda a justeza, tem contribuído para a sua consagração internacional no panorama da música antiga. Por diversas ocasiões passámos aqui interpretações do grupo Le Poéme Harmonique, divulgando compositores de renome do séc. XVI (o romano Emílio de Cavalieri e o francês Piérre Guédron), XVII (os italianos Bellerofonte Castaldi e Domenico Belli e o francês Estienne Moulinié), XVIII (o napolitano Battista Pergolesi), bem como romances da França da Idade Moderna.
Em 2001, o agrupamento de Dumestre editara “Aux Marches du Palais: Romances & Complaintes de la France d’autrefois”, dos séc. XV ao XIX, registo que é reeditado em 2006 para dar a conhecer o catálogo da Alpha, razão por que voltamos a destacar o registo.
A arrebatadora combinação do misticismo e teatralidade, a sensibilidade estilística e a entrega emocional características dos Le Poéme Harmonique estão bem patentes em “Aux Marches du Palais”. As melodias esculpem-se escrupulosamente sobre as inflexões do texto, a riqueza harmónica é acentuada em prol da tensão dramática e a ornamentação é servida pelo bom gosto e pela invenção.
(3) La Pernette (séc. XV) (5,55)
(7) La fille au roi Louis (séc. XVII) (6,46)
(11) Le roi a fait battre tambour (séc. XVIII) (6,02)
(T.T.18,43)
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“Uma versão portuguesa de um romance sefardita baseado num poema épico alemão do séc. XII e um canto de uma Trovadora anónima do séc. XIII.”.
(1) Eduardo Ramos / Moçarabe (4) Una tarde de Verano (7,33) “Moçarabe”
(2) Música Antiga da UFF (10) Belle Doette (11,35) “A Chantar: Trovadoras Medievais”
(T.T. 19,08)
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