2006/05/02

Toumani Diabate’s Symmetric Orchestra (Mali) / Montserrat Figueras (Espanha)

“De Marrocos chega-nos o exotismo do deserto impregnado de sonoridades ocidentais, da Tunísia uma oração ao profeta, do Egipto uma história de amor não correspondido e da Argélia uma narrativa sobre a traição dos amigos. São os sons que abrem hoje as portas do Templo das Heresias”.

(1) Natacha Atlas - (9) La lil Khowf (5,30) “Mishmaoul”
(2) Jerrari - (1) Sidi Mansour (5,56) “Tunisie:Chants & Rhytms”
(3) Hanan - (4) Matajarahnish (4,02) “Sif Safaa: New Music from the Middle East”
(4) Hasna el Becharia - (6) Hakmet lakdar (5,47) ”Djazair Johara”
(T.T.21,15)

(Separador)

“The Symmetric Orchestra, banda constituída por 52 músicos e cantores (incluindo convidados), é uma verdadeira instituição do Mali, idealizada por Toumani Diabate, o maior tocador de kora (espécie de harpa de 21 cordas) do planeta.
Criada para misturar o lado autêntico e positivo da música tradicional do Mali com as novas sonoridades, The Symmetric Orchestra utiliza, sem qualquer pudor, a kora, o ngoni, o balafon, o sabar, o djembé ou o dundun ao lado de guitarras eléctricas, baixos, trompetes, trombones ou percussões ocidentais. Interpreta a música griot (o legado do império mandinga) e composições modernas.
Desde sempre sediada em Bamako, The Symmetric Orchestra actuou apenas no continente africano, até à realização do álbum “Boulevard de l’Independance” (World Circuit/Megamúsica). Depois disso, passou por Aveiro, realizando um concerto memorável, mesmo sem contar com o líder, Toumani Diabaté, impossibilitado por doença. Agora disponível, “Boulevard de l’Independance” revela-se-nos como um trabalho orquestral, dominado pela kora, que se espraia livremente numa sequência riquíssima de nove composições de tradicionais revisitados e temas originais, onde se descortinam pitadas de jazz, de funk, de pop e de rock..

(7) 6,43
(2) 3,53
(4) 7,54
(T.T. 18,3 0)

(Separador)

“Um tema instrumental nostálgico da Guiné Conácri e uma peça do Senegal inspirada nas Antilhas. São os sons que encerram a 1ª parte do Templo das Heresias”.

(1) Orchestre de la Paillotte - II (12) Kadia Blues (4,43) “Golden Afrique, vol.I”
(2) Orchestra Baobab - (8) Utru Horas (8,38) “Pirates Choice”
(T.T. 13,21)




2ª Hora

“Promiscuidades e cumplicidades entre o tango e outras formas de expressão abem a 2ª hora do Templo das Heresias”.

(1) Compostela (8) A fallen bird (2,52) “Wadachi”
(2) Boris Kovac & La Campanella (2) Latina (4,08) “World After Histoty”
(3) Gotan Project (10) Vuelvo Al Sur (7, 00) “La Revancha del Tango”
(4) Max Nagl Quartet (1) Lump (4,10) “Mèlange à Trois”


(Separador)

“Lux Feminae” (900-1600) da catalã Montserrat Figueras, é uma homenagem à luz da mulher, uma evocação da feminilidade, uma história com música sobre o valor da mulher. É também um instante de intimidade, a descrição de um delicado recinto intramuros que deve proteger-se, um jardim interior em cujo centro encontramos a alma, a luz e a beleza. As diversas tradições cristã, judaica e muçulmana sentiram necessidade de expressar essa intimidade a partir de uma mesma simbologia: o jardim interior, o claustro, as celas como espaços de quietude, conhecimento e meditação.
“Luz Feminae” é um disco de celebração. Canta a situação da mulher na história a partir dos seus aspectos de luz: o misticismo, a sensualidade, a maternidade, o amor, o lamento, a festividade e a sabedoria. As mulheres cantam a história da humanidade, celebram a beleza, o amor místico, a experiência de dar à luz e de ser mãe, a alegria mesmo em situação de perda e de dor…
O disco “Luz Feminae” está organizado em sete aspectos da mulher da antiga Hispânia, desde a Idade Média ao Renascimento: Femina Antiqua sobre a sibila da Grécia Clássica, arquétipo da profetisa e da sacerdotisa; Femina Nova sobre as Trobairitz, poetisas que emergiram na Occitania, cerca de 1200; Femina Lúdica sobre os villancicos como forma de expressão da voz feminina que explora o tema amor; Femina Mística sobre a vida monástica das monjas cistercienses; Femina Amans sobre a mulher que invoca as formas de um amor cortês refinado e puríssimo; Femina Mater sobre vilancicos à Virgem Mãe e canções de embalar; Femina Gemens uma forma de poesia épica cantada nos tempos de Carlos Magno, inspirada no “planctus” medieval.

(2) 10,14
(9) 5,23
(14) 5,22
(T.T. 20,59)

(Separador)

“Canções medievais da Suécia e da Noruega, à luz das novas tecnologias”

(1) Lena Willemark/ Ale Möller (3) Gullharpan (6,33) “Nordam”
(2) Agnes Buen Garnas Garbarek (3) Marghjt… (16,08) “Rosensfole”

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