2011/04/17

Boubacar Traoré (Mali) / Al Andaluz Project (Alemanha/Espanha/Marrocos)

“Uma peça da Guiné-Bissau sobre a saudade, uma canção do Senegal dedicada à paz e um feliz encontro da música griot da Guiné Conácri com a andalusa. São as primeiras heresias de hoje”.

(1) Taffetas (Guiné-Bissau / Suíça) (2) Saudade do meu amor (8:50) “Taffetas”
(2) Cissoko (Senegal) (9) Kaira (6:27) “Diam (la paix)”
(3) Djeli Moussa Diawara (Guiné Conácri) (3) Democratie (4:48) “Flamenkora”

(Separador)

Boubacar Traoré nasceu em Kayes, a noroeste do Mali. Professor de profissão, Boubacar tem, no entanto, como verdadeira paixão a encantadora música de guitarras da região de Khassonke, que utiliza combinada com elementos do blues e do folk europeu.
Nos anos 70, Traoré emigrou para Paris e absorveu as influências do ocidente europeu. Quando regressou ao Mali, a sua música ganhou novos contornos e popularizou-se, passando a ser tocada regularmente na Rádio. Como Traoré não era um Jali, sentia-se livre para compor o seu próprio material, pelo que foi escrevendo letras que forneciam uma visão refrescante do reportório tradicional Mandinga.
As preocupações de Traoré são essencialmente sociais e sentimentais e a sua linguagem directa e apaixonada. As suas canções abordam todos os aspectos da sociedade e todas as faixas etárias. Encoraja a juventude a seguir os valores sociais dos seus pais, enfatiza a importância da verdade e sobrevaloriza o amor em relação ao dinheiro, entre outras mensagens.
Boubacar Traoré editou, até à data, oito registos: “Mariama“ (1990), “Kar Kar” (1992), “Les Enfants de Pierrette” (1995), “Sa Golo” (1996), “Maciré” (1999), “Je Chanterai pour toi” (2003), “Kongo Magni” (2005) e “Mali Denhou” (2011). Harmónicas, ngoni e hipnose em seis cordas cristalinas remetem-nos para o mundo do blues do Mali. As percussões do balafon e do calabash, plenas de ritmo, acompanham os passos lentos. A África profunda jorra por todos os lados!
Mais informações: http://www.lusafrica.com/4_1.cfm?p=160


(02) Mouso Tèkè Soma Ye (6:16) “Sa Golo”
(01) Mariama Kaba (5:35) “Mariama“
(05) Minuit (4:13) “Mali Denhou”
(03) Kanou (7:05) “Kongo Magni”

(Separador)

“As potencialidades do oud, um instrumento de origem árabe semelhante ao alaúde, tecendo bandas sonoras do deserto e um poema litúrgico judaico das sinagogas do Magrebe. São os sons que encerram a primeira parte do Templo das Heresias”.

(1) Alla (Argélia) (4) Le Bled (12,12) “Tanakoul”
(2) Alain Chekroun & Taoufik Bestandji (Israel/Argélia) (3) Rahamekha (9,12) “Chants des Synagogues du Maghreb”

2ª Hora

“Uma Ballade do poeta francês Jehan de Lescurel e uma ballata do italiano Gherardello da Firenze, ambas do século XIV; ainda um poema anónimo da França do século XIII e uma outra ballata anónima do século XIV. Intérpretes da França, Inglaterra, Itália e Rússia abrem a segunda parte do Templo das Heresias”.

(1) Amadis (França) (3) Amours, trop vous dói cherir (4:08) “Anges ou démons”
(2) Mediva (Inglaterra) (3) I’vo’ bene (3:54) "Viva Mediva!"
(3) La Reverdie (Itália) (5) Pange melos lacrimosum (4:00) “Nox-Lux (France & Angleterre, 1200-1300)”
(4) Ensemble Syntagma (Rússia) (1) Che Ti Zova Nasconder (5:10) “Stylems: Italian Music From the Trecento”

(Separador)

A implementação da ideia da formação do Al Andaluz Project é a história do encontro de duas formações musicais, os consagrados Estampie e os quase desconhecidos L'Ham de Foc. Michael Popp, director musical dos Estampie, ensemble alemão bem conhecido na cena da música medieval pela sua inovação e qualidade, após um concerto em Espanha, recebeu uma gravação dos L´Ham de Foc, uma banda de Valência que se dedica a misturar as sonoridades do Mediterrâneo oriental com a música medieval. Algumas semanas mais tarde, os valencianos actuaram em Munique, base dos Estampie, e Michael Popp, entusiasmado com o disco que recebera, aproveitou a oportunidade e propôs um projecto comum com os músicos espanhóis.
Durante os vários encontros em Munique e em Valência, altamente produtivos e inspiradores, foram trocadas experiências entre os músicos e novas ideias foram surgindo. Com três extraordinárias vozes femininas, o Al Andaluz Project dedicou-se a interpretar os géneros dominantes da música da Península Ibérica da Idade Média: A espanhola Mara Aranda a cantar os romances sefarditas, a alemã Sigrid Hausen a interpretar as cantigas galaico-portuguesas do Cancioneiro de Santa María e a marroquina Iman al Kandoussi a interpretar as canções árabes. Acompanham-nas exímios músicos espanhóis, alemães e marroquinos, que se socorrem pontualmente de percussionistas da Índia e da Rússia.
“Deus et Diabolus” (Galileo 2007) e “Al-Maraya” (Galileo 2010), os dois discos editados pelo Al Andaluz Project, até à data, dois exemplos perfeitos de autênticos intercâmbios culturais que ultrapassam datas e fronteiras, revelam um domínio perfeito de inúmeros instrumentos antigos e tradicionais (a sanfona, a nyckelharpa, o saz, o qanun, o oud, o rabab e a tabla, entre outros), sobrevoando as fabulosas vozes de Sigrid, Mara e Iman.
Mais informações: http://www.alandaluzproject.de/


(09) Hija mia (3:30) “Al-Maraya”
(09) Atiny naya (2:28) “Deus et Diabolus”
(07) La galana y el mar (5:12) “Deus et Diabolus”
(12) Las suegras de ahora (5:15) “Deus et Diabolus”
(03) Un sirventes novel (4:35) “Al-Maraya”

(Separador)

“Recuando ainda mais no tempo, o Templo das Heresias incide, no final do programa de hoje, nos sons da música da Suméria e do Antigo Egipto”.

(1) Ensemble De Organographia (EUA) (11) A zaluzi to the Gods (3:49) “Music of the Ancient Sumerians, Egyptians & Greeks”
(2) Ali Jihad Racy (Líbano) (2) The land of the Blessed (6:56) “Ancient Egypt”
(3) Michael Atherton (Austrália) (17) Shen(song) (5:02) “Ankh: The Sound of Ancient Egypt”
(4) Rafael Pérez Arroyo / Hathor Ensemble (Espanha) (3) Iba Dance (6:59) “Ancient Egypt: Music in the age of the Pyramids”

1 comentário:

Musikalische Opfer disse...

Hi there!!!! you like medieval music? See this :
http://www.musikalischeopfer.blogspot.com/


I hope you like this. Regards.